História da pesca em Barra do Riacho (parte 3)

Fragmento de entrevista realizada com pescador(a) artesanal em 2017

A ideia da rádio comunitária foi do meu menino, né, meu menino, […] meu filho, ele dava aula aqui na escola Caboclo Bernardo, que é outra história, Caboclo Bernardo né, que tem aqui também a ver com a nossa comunidade. E ele dava aula de matemática e aula de física, e um dia ele tentou fazer um radiozinho na escola e funcionou. Então ele, como professor de física, mandou uns alunos ajudarem lá e aí funcionou a rádio. Aí ele colocou na cabeça que tinha que colocar um rádio na Barra do Riacho. Então foi ideia dele. E a rádio aqui ela, hoje por exemplo, daqui a pouquinho nós vamos ter uma entrevista com os médicos do posto do P.A. daqui da Barra do Riacho pra informar a comunidade sobre a febre amarela, sobre as vacinas, e quais os horários dos médicos, a sua especialidade, tem músicas do pessoal da igreja, temos notícias também, nós damos notícias daqui do nosso estado, da área de esporte – aqui tem muito flamenguista, muito botafoguense, vascaíno, tem santista, corintiano (…) a rádio trabalha nessa área da comunidade, as informações pra toda a comunidade. Então eu estou aqui dando apoio, jamais iria imaginar que eu estaria numa rádio, porque de onde eu vim da pesca, e hoje eu tô aqui e eu fico pensando “como pôde acontecer?”. Olha, a audiência aqui é boa. Porque, na verdade, a nossa rádio todo mundo sintoniza ela, pessoal que está no canteiro de obras está ouvindo, o pessoal que está no Portocell, até as pessoas que estão na embarcação estão ouvindo (…) 98.5 FM ela é bem ouvida.

Eu sou aposentado hoje, mas eu ajudo o pessoal, dou palestra, às vezes vou falar com os jovens, eu gosto muito de falar com jovens. Mas eu trabalho também nessa área, me formei, bacharel em Teologia, tive a oportunidade de conhecer mais a área bíblica, em relação à Terra Santa, eu fui lá e conheci umas coisas do Egito, de Roma, Israel (…). Eu tomo conta da igreja daqui, então eu tenho que ir.