Ofício do sururu

Fragmento de entrevista realizada com pescador(a) artesanal em 2023.

A gente chega pega o material, o saco, a cavadeira, a baitera, vai remando até a Ilha de Socó, tem a Ilha dos Índios, tem Ilha do Frade e lá pra trás dela tem a Ilha do Boi. Aí chega lá, eu pego um [sururu] quebro pra ver se ele está gordo, se ele não tiver a gente parte pra outra ilha, e assim vai, ele estando gordo a gente […] faz o quadrado na pedra aqui assim, aqui assim, e cava entendeu? Aí pra vir embora põe no saco até o saco encher, […] aí quando o saco tiver bem cheio a gente bota dentro da baitera, tira mais praticamente uns seis, sete sacos, aí vem embora pra terra, beleza? Aí chegando aqui tem o procedimento. Põe pra cozinhar, né? No panelão de alumínio, queima e depois vende. […] É jogado tudo no balde, depois vai pro tanque lavar, depois de embalado aí tem que ir pro gelo no mesmo dia, não pode demorar muito tempo principalmente se tiver calor ele estraga muito rápido, aí o rapaz vem e pega.