É então, existem dois tipos de pescador artesanal e o pescador profissional. […] O pescador profissional é aquele que o barco que passa no mínimo uma semana no mar. Sim. Artesanal era aquele bate e volta, vai de manhã, vai de madrugada. Sai uma hora da manhã, duas horas e volta nove horas da manhã, tendeu? […] O pescador artesanal ele vive da pesca e durante o defeso ele recebe defeso o camarão um defeso só, esse pescador artesanal tem a carteirinha, todos eles têm, o profissional também tem. Mas o profissional tem a carteira de pescador aquela verde que é da capitania, assinada por dono de barco, que são esses barcos maiores que a de 15 metros, 14 metros. […] O dono do barco ele paga o INSS dos pescarem todinhos e quando ele se aposenta é ele aposentado, com um valor maior e o nosso pescador artesanal ele só aposenta com um salário-mínimo, inclusive só paga uma vez por ano, o artesanal, aquela anuidade que é paga uma vez só de 80, 45 R$ que paga por ano. […] Pra auxiliar a colônia, o pescador faz a senha da colônia quando ele entra. Ai depois que ele fizer a carteirinha, que chega a carteirinha, depois de um ano ele dá entrada no defeso. Aí quando ele recebe ele paga uma prestação, uma só, aí ele começa a pagar todo ano 220,00 de colônia. Hoje tamos 3500 pescadores associados. […] Se o pescador for pescar e pegar ele aí fora com essa carteirinha artesanal não vale nada, porque o que vale mesmo a carteirinha da capitania, carteira verde grandona, a capitania não reconhece essa carteira que nós e nós concebemos. […] Todo pescador que pesca no mar, de qualquer lugar tem que ter a carteira verde é obrigação. Para o cara que pesca em rio, ninguém pede carteira, uma baitera, barco sem motor, não precisa de carteira. Mas se você entrar num barco motorizado, aí exige a carteira. […] Barco de seis metros, sete, quinze metros, todos esses têm a obrigação de ter a carteira, toda embarcação tem que ser escrita na capitania.
